CONCEITOS DE PESSOALIDADE E MORTE E SUAS CONSEQUÊNCIAS ÉTICAS

Autor: Clara Regina Guedes Campos

Resumo:
Esta dissertação debate a questão da morte na contemporaneidade por um viés filosófico no qual a ontologia e a bioética são as áreas de concentração principal. No primeiro capítulo, tratamos dos conceitos de pessoalidade e identidade pessoal tal como estes são pensados por autores como McMahan e Parfit. A intenção em tratar destes temas é pavimentar o caminho para o entendimento do “quem da morte”. No segundo capítulo, tratamos da morte humana por três aspectos principais: ontológicos, médico-legais e morais. Primeiro, seguindo Luper fazemos considerações ontológicas e clínicas sobre o conceito de morte. Especialmente, tratamos de demarcações temporais da morte. Em seguida, através de Luper, Kind, Green e Wikler, Veatch, Becker entre outros, consideramos de que maneira a mudança do conceito de morte fundado em uma perspectiva cárdiorrespiratória para o vigente conceito de morte encefálica gerou repercussões bioéticas e a necessidade de um novo debate sobre a própria definição de morte. Tematizando prioritariamente um artigo de Green e Wikler, mas guiando-se pela análise temporal de Luper, apresentamos uma análise e por fim um conceito de morte que é de natureza ontológica e evite a falácia naturalista ou apelos a premissas morais e que possa servir de fundamento depurado para as considerações bioéticas. No terceiro capítulo, usando parte do marco conceitual anteriormente estabelecido, analisamos a autora-alvo Kübler-Ross para estabelecer uma visão psicológica e clínico-terapêutica da morte na lida com as emoções que ela desperta. Na conclusão, pensamos finalmente todos estes temas integrados: o que é a morte da pessoa humana e como a lida com esta se faz de maneira mais harmoniosa.

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