A Intuição como Método Filosófico e a conciliação entre Filosofia e Ciência em Bergson

Autora: Elizaura Maria Alves da Silva Rihbane

Resumo: Bergson é o precursor da renovação da metafisica. Pretendemos neste trabalho demonstrar seus principais conceitos e suas principais ideias acerca do método intuitivo e de sua proposta de conciliação entre filosofia e ciência. A dissertação aborda seus estudos sobre matéria e memória, para uma análise da duração como movimento e mudança que permitem a liberdade. O determinismo científico também é compreendido como resultado de uma ciência que cria imobilidades para agir sobre a matéria, ou seja, calcular e prever. Diante do movimento e da mudança que permitem a liberdade também é possível identificar a evolução e a criação através de uma intuição da duração. Nesse processo evolutivo encontramos três fluxos, pelos quais os seres vivos tendem a se desenvolver: o instinto, a inteligência e a intuição. Depois de esclarecer as ideias de Bergson sobre a duração, o movimento e a liberdade, e ainda, a sua concepção de evolução, será possível transcorrer a respeito do método intuitivo, que o nosso autor identifica como o método filosófico, que difere do método científico. Os dois lidam com objetos distintos; enquanto o espírito está voltado para a filosofia, a matéria inerte está voltada para a ciência. Podemos observar as regras do método e a metafísica como parte da experiência que pode nos fornecer um conhecimento do todo, e, ampliando o entendimento da relação entre inteligência e intuição, a fim de vislumbrar uma metafísica positiva e uma ciência voltada para a realidade. Por fim, acenar à conciliação possível entre filosofia e ciência, bem como do espírito e da matéria e do físico e metafísico, que é a finalidade de toda a teoria bergsoniana acerca do tempo e do espaço.