Autor: Malaquias Augusto Lopes
Resumo:
A presente dissertação apresenta a lei moral em Kant e as objeções de Anscombe com relação à concepção de obrigação moral, dentro da ética de princípios. Segundo Anscombe, os conceitos de obrigação moral da modernidade remontam a uma concepção de ética
secularizada fundamentada na lei divina, que perde seu suporte teológico na modernidade. Portanto, na ausência dessa concepção, os conceitos morais de obrigação são vagos e desprovidos de conteúdo descritivo e, portanto, devem ser descartados. Dentro desse quadro de críticas, a ética kantiana foi diretamente citada, especificamente, no que diz respeito ao conceito de autolegislação e das máximas universalizáveis. Como forma de contrastar as críticas da Anscombe à teoria moral kantiana, insere-se, no presente debate, as respostas de Korsgaard para Anscombe. Em defesa da teoria moral kantiana, Korsgaard traz, no seu argumento, a perspectiva da visão centrada no agente, para contrapor as críticas da Anscombe ao conceito kantiano de autolegislação. Como objetivo, tentaremos demonstrar que ainda que as críticas da Anscombe possam ser fortes, não comprometem o sistema moral kantiano.
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