Em mais uma edição do Seminário Integrado de Filosofia do PPGFil UFMT, temos o prazer de confirmar a palestra do professor Giovanni Rolla (UFBA), intitulada “Bebês representam? Sobre um argumento falho em favor do representacionalismo”.
Quando? Dia 13/04/2022, quarta-feira, às 16hs (Cuiabá), 17hs (Brasília)
Via Zoom. Links para os alunos e professores serão disponibilizados no dia do evento.
Resumo: para superar o desafio da lacuna exploratória levantado contra as concepções não-representacionalistas da cognição, enativistas radicais alegam que a cognição sobre alvos potencialmente ausentes (i.e., cognição superior) envolve a manipulação de símbolos públicos através de um suporte sociocultural. De uma perspectiva desenvolvimental, isso sugere que a cognição superior gradualmente emerge na medida em que dominamos a linguagem, o que ocorre em cerca do terceiro ano de vida. Se, no entanto, for possível mostrar que infantes pré-linguísticos representam seus arredores, então a explicação enativista pela emergência da cognição superior é derrotada. Nesta apresentação, eu avalio criticamente alguns experimentos concebidos para mostrar que infantes pré-linguísticos herdam (ou desenvolvem muito rapidamente) habilidades representacionais. Eu começo apresentando esses experimentos, e em seguida eu argumento que eles só oferecem o suporte para o representacionalismo empírico sob a suposição do representacionalismo como demarcação conceitual, cometendo, portanto, um tipo de argumento circular. Eu concluo pelo desenvolvimento de duas explicações enativistas independentes, mas congruentes, dos fenômenos observados nos experimentos em questão. Eu explico a resposta atípica dos bebês nas condições experimentais com base na tese da codeterminação entre agente e ambiente e nas ideias de hábito incorporado e antecipação não-resolvida.